Com a proposta de criar um espaço apropriado para o contato da
população com a natureza o Parque Natural Municipal Raimundo Gonçalez Malta
recebeu este ano um total de 34.334 visitas. Com 172.625 quilômetros quadrados o
local mantém 69 espécies de flora, 31 de fauna e 39 de ervas medicinais
distribuídas entre a Mata Atlântica e o Mangue.
Criado em 1993, o parque
é casa de espécies de plantas em extinção como a Palmiteira jussara e Samambaia
açu, além da Figueira, considerada a mais antiga com cerca de 600 anos.
Atualmente recebe visitas diárias de turistas e moradores, tendo também as
monitoradas, com estudantes da educação infantil, ensinos fundamentais e médios,
universitários e grupos da terceira idade.
Nereu Laurindo, 70 anos, conta
que caminha pelas trilhas do lugar diariamente. Para ele o local é uma riqueza
do município e uma ótima programação para passeio e lazer. “Ando pelas trilhas
com ar puro, não tem chaminés para poluir e ainda quando preciso tenho acesso
aos remédios medicinais. Esse é o melhor parque de Santa Catarina”,
garantiu.
O espaço é coordenado pela Secretaria do Meio Ambiente (Semam),
que dirige projetos ambientais como o Terra Limpa, que consiste em trabalhos de
conscientização nas escolas e núcleos infantis do município. No projeto os
alunos visitam as trilhas e o labirinto enquanto recebem orientações dos
cuidados que devem ter com o meio ambiente e também com o Rio Camboriú,
considerado de extrema importância para o município e que faz limite com uma das
trilhas. Para as atividades em classes é entregue uma folha de atividades e
jogos da memória com figuras de animais.
A reciclagem de papéis é feita
em um local disponibilizado ao Ambiarte, iniciativa que recebe restos de folhas
sulfites das escolas e secretarias municipais para transformá-las em novos
papéis utilizados para artesanato, convites, painéis, entre outros. Cerca de 180
telas são utilizadas cada vez que o material é produzido. Já o Ecoarte trabalha
a reutilização dos materiais recicláveis, reuniões bimestrais são feitas com
pedagogas das creches da cidade para passar novas ideias que podem ser feitas e
trabalhadas em sala.
A secretária da Semam, Nena Amorim, garante que
“todas as atividades são direcionadas para a conscientização dos nossos
visitantes e da comunidade em geral”. Nena lembra que todas as instituições de
ensino recebem recipientes para colher pilhas e óleos já utilizados para dar o
destino correto a eles e que todo o percurso do parque conta com latas de lixo.
“Além de uma opção de lazer o parque é um ensinamento a todos, aqui podem
acompanhar todo o processo do meio ambiente e muitas vezes isso os ajuda na sua
conscientização e mudanças de hábitos”.
As visitas podem ser feitas todos
os dias, inclusive finais de semana, das 13h às 17h e a entrada é gratuita. O
parque localiza-se ao final da Rua Angelina, s/n, no bairro dos Municípios.
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