Entre as praias do litoral e o frio da serra catarinense, um município com pouco menos de 3 mil habitantes e colonização alemã passa quase despercebido. Rancho Queimado, hoje mais conhecida como a capital catarinense do morango, guarda tantas histórias que fugiam à bibliografia oficial e paisagens tão belas quanto bucólicas que motivaram o fotógrafo de natureza Philippe Debled, um belga que adotou Santa Catarina há 17 anos, a fazer um livro registrando as origens das localidades deste município e as imagens que não lhe saíam da cabeça.
Rancho Queimado – suas belezas e suas histórias, um livro com 140 páginas ricamente ilustrado e que será lançado no dia 18 de dezembro, às 19h, na Assembleia Legislativa de Santa Catarina, é o resultado deste amor do fotógrafo e escritor, que já rodou o mundo atrás de histórias e imagens, mas que se impressionou com o charme e a hospitalidade do pequeno município que faz a ligação entre a Grande Florianópolis e a Serra Catarinense. No dia 20, o lançamento será em Rancho Queimado, na antiga casa de campo do ex-governador Hercílio Luz, que hoje é um dos museus públicos mais visitados do estado.
As trinta localidades de Rancho Queimado – das mais conhecidas, como Taquaras, às mais profundas, como o Poço do Relógio e Navalhas– são retratadas em imagens e texto, com muitas informações que só eram conhecidas pela tradição oral dos velhos habitantes e que não chegaram aos livros de História. Debled entrevistou 50 dos mais antigos moradores da cidade, que deixaram um registro fundamental e muitas vezes surpreendente no livro.
Uma delas é a Dona Traudi, viúva do pastor Silvinho Schneider, que trocou a Paróquia de Santo Ângelo (RS), capital das Missões, pela de Taquaras e trouxe na bagagem as primeiras mudas de morango para o município. O costume de plantar flores na beira da estrada, como hortênsias e azaléias, um dos charmes do município, também foi um dos legados do pastor Schneider à região.
Rancho Queimado guarda também ecossistemas riquíssimos, com florestas nebular e de araucárias, mata atlântica, além de algumas nascentes dos mais importantes rios da região, como Itajaí, Tubarão e Tijucas. “Em alguns momentos, me lembra a Europa. Em outros, a floresta rica e fechada se assemelha ao sudeste asiático. E a apenas 60 quilômetros de Florianópolis”, compara Debled, também autor dos livros Na Outra Margem e O Mochileiro e a Analista.
Rancho Queimado – suas belezas e suas históriasfoi viabilizado via Lei de Incentivo à Cultura, com o patrocínio da Tractebel, Costa Sul Pescados e Orsitec e apoio da Assembleia Legislativa de Santa Catarina e da Pousada Fazenda Pinheiral.
SERVIÇO:
Em Florianópolis:
O que:lançamento do livro Rancho Queimado –suas belezas e suas histórias, do fotógrafo e escritor Philippe Debled.
Quando: 18 de dezembro, às 19h
Onde: Hall da Assembleia Legislativa de Santa Catarina, rua Doutor Jorge Luz Fontes, n°310, Centro
Em Rancho Queimado:
Quando: 20 de dezembro, às 19h
Onde: Casa de campo do Governador Hercílio Luz, rua Paulo Sell, 428, Taquaras
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