São Paulo é uma cidade cheia de hipérboles. Tem os maiores congestionamentos do país, mas também o maior poder econômico. E quando o assunto é farra, não foge à regra – a cidade figura no ranking das capitais mundiais de noites mais agitadas, com um cardápio de balada amplo, eclético e sensorial.
Na faixa entre 25 a 29 anos, o IBGE aponta uma população de cerca de 1 milhão e 100 mil baladeiros em São Paulo. Alguns deles preferem a sofisticação de clubes nos bairros dos Jardins, Vila Olímpia e Itaim Bibi, caso da recém-aberta franquia paulistana do clube nova-iorquino Provocateur, onde a noite é regada a garrafas de champagne e vodca, com pistas animadas por estrelas da música eletrônica internacional.
O tom é bem diferente no Centro da cidade: festas alternativas acontecem em porões ou prédios semi-ocupados. Além disso, antigas edificações transformaram-se em clubes como Alberta #3, Lions e Cine Joia. É como se o Baixo Augusta – base de casas de shows, redutos do rock, restaurantes e muitos clubes – tivesse descido um pouco mais até o Centro.
No amplo mapa da festa paulistana, a Zona Oeste tem dois pólos de destino para os boêmios. Na Vila Madalena, fãs de botecos e de shows ao vivo estendem a noite tomando chope e petiscando. Na região, o Ó do Borogodó é a pedida certa para boas horas de samba e chorinho, além de servir uma feijoada imperdível aos sábados. A Barra Funda, por sua vez, tem uma grande concentração de baladas, especialmente ao longo da linha férrea, como o Alley Club, o Lebowski e o Clash Club (um dos pioneiros da região). Eles fazem da vizinhança um saudável contraponto às superpovoadas calçadas da Rua Augusta.
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