quinta-feira, 26 de julho de 2012

Jardim Secreto de Beto Carrero é apresentado à imprensa

Foi apresentada na quarta-feira (25) mais uma bela área temática do Zoo de Beto Carrero World, o Jardim Secreto. Durante a manhã foi oferecido um café para receber a imprensa que conheceu em primeira mão os leões brancos, únicos exemplares no Brasil. Além destes felinos, no Jardim Secreto estão também um tigre branco e duas chimpanzés.
A partir de agora os visitantes poderão ver de perto, através de um vidro, as três fêmeas, Kenya, Zayra e Zâmbia, e o macho imponente, porém brincalhão, Mafunnyane, carinhosamente apelidado de Mafu. O quarteto veio de um criadouro da Africa do Sul no final do ano passado e passavam por uma fase de adaptação no próprio local.
O ambiente onde estas três espécies se encontram já existia, e já se chamava Jardim Secreto, por ser frequentado apenas pelo próprio Beto Carrero e os tratadores dos animais que ali viveram. “Quando o Beto estava muito cansado, precisando recarregar as energias, ele se refugiava aqui neste local pra ficar em contato com os animais que aqui moravam”, explica a bióloga e coordenadora do Zoo, Kátia Cassaro.
A estrutura
Foram necessários dois meses para que a estrutura do Jardim Secreto fosse repaginada e se tornasse acessível ao público. De acordo com a Gerente de Obras do Parque, Claudete Cando, houve todo um cuidado para não interferir na natureza do local. “Queríamos que o visitante pudesse circular em meio a natureza até chegar no Jardim Secreto, mas sem interferir ou prejudicar o meio ambiente”, explica a arquiteta.
Entre os materiais utilizados para dar o clima selvagem ao local, eucaliptos, madeira, e muito cipó fazem parte do cenário. Já as paredes que dão total visibilidade ao recinto dos animais, são feitas de vidro específicos para zoológicos, temperado e laminado, com alta resistência mecãnica.
Leões Brancos
Ao contrário do que algumas pessoas pensam esta espécie não é albina, somente apresentam os pelos brancos. Eles são chamados de “leucisticos” e possuem melanina, o que os tornam mais raros ainda. “Acredita-se que sua sobrevivência na natureza foi comprometida devido a coloração clara que os impede de se misturarem à vegetação, chamando assim a atenção dos predadores”, explica Kátia.
Em cativeiro, sobrevivem em média 25 anos e a gestação é de 100 dias, sendo que cada fêmea pode gerar até quatro filhotes por vez.
Antigamente os povos da África do Sul acreditavam que esta espécie era relacionada à prosperidade e à abundância e sua aparição era considerada um presente divino. Lendas contam que sua cor branca era um sinal da benevolência que deveria existir dentro de todos os seres vivos.
Os exemplares que estão no Zoo de Beto Carrero World foram escolhido um a um, tendo o cuidado para que não tivessem nenhum grau de parentesco, a fim de procriar e manter a espécie, que está em extinção. O cruzamento só deverá ser feito a partir de dois anos e meio de idade dos animais.
A Viagem
As feras vieram de um criadouro chamado Mafunnyane Farm, da cidade de Brits, África do Sul. No local existem várias outras espécies em extinção. A viagem até o Brasil durou 12 horas e apesar de cansados os leões suportaram satisfatoriamente o trajeto. “Os animais viajaram acordados, pois sedação não é prática recomendada”, conta Katia.
Feitas de madeira e com tela para ventilação suficiente, as caixas para o transporte de qualquer espécie de animal silvestre, além de serem construídas de maneira adequada para garantir privacidade aos animais, devem seguir as normas da Associação Internacional de Transporte Aéreo (IATA).
Confira o vídeo da chegada dos leões brancos ao Parque:

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