Voltados para crianças e adultos, publicações são ferramentas indispensáveis
Biscoitos, passagens, mamadeiras, documentos, fraldas, cartão de vacinação, brinquedos, vistos e sucos... Esses são alguns dos itens indispensáveis para que pai e mãe não sejam surpreendidos nas viagens com seus filhos. E para garantir o sucesso do programa em família, os guias de viagens são ferramentas das mais eficazes.
De vários formatos, temas e conteúdos, cada um revela descobertas, experiências e saberes de seus autores. Segmentados para crianças e adultos, ou especializados, o importante é tê-los sempre à mão.Para Patrícia Papp, autora do guia ‘Crianças a Bordo - Como viajar com seus filhos sem enlouquecer’, esses cuidados fazem parte da viagem. Amante das estradas e dos ares, Papp viaja desde os seis anos, e já visitou lugares como Uruguai, Argentina e Alemanha. Engajou-se cedo, ao conduzir seus ‘companheirinhos de viagem’ para conhecer estados brasileiros e destinos internacionais, como Tailândia e Dubai.
Hoje como mãe, a autora diz ainda que até os imprevistos de viagem são ótimas oportunidades para ensinar, orientar e explicar costumes, idiomas, geografia e comidas típicas para a meninada: “Um mundo de descobertas se descortina diante dos pequenos. Os pais precisam estar atentos para não desperdiçá-los com mau humor e histeria”, afirma ela. Boas doses de otimismo, paciência, respeito às limitações e horários das crianças são dicas preciosas da escritora.
Formado em Hotelaria e Turismo, na Suíça, Vicente Frare escreveu o ‘Manual de Viagens - Tudo que você precisa saber antes, durante e depois de viajar’. Conhecedor de mais de 70 cidades no mundo, morou em meia dúzia delas, trabalhou como comissário de bordo e em hotéis e agências de viagem. Frare diz que o turista não deve permitir que o estresse estrague tudo: “Encare a filas, as esperas, a comida do viajar”.
O autor diz ainda que pais tranquilos transmitem sua segurança e calma aos filhos: “Pior do que crianças correndo e chorando, são pais mal educados, que gritam e batem nos filhos”. Vicente cita em seu guia, acertos e desacertos próprios. Perdeu-se, foi barrado em fronteiras, ganhou upgrades (compensações em serviços por atendimentos ineficientes), presentes, amigos e uma dor de estômago ao visitar a Índia. Aliás, dores de barriga, enjoos, enxaquecas e infecções, são temas que merecem atenção especial do viajante. Outro fator primordial é manter os cartões de vacinação da criança e do adulto em dia, assim como contratar um bom plano de saúde e manter kits-farmácias nas malas.
NOÇÕES DE SAÚDE
O Centro Brasileiro de Medicina do Viajante (CBMVEI) criou o ‘Guia de Saúde - Viagens de Navios’, que aborda temas como a importância do asseio pessoal, higiene no preparo dos alimentos, água de boa qualidade, vacinas, medicamentos e orientações na hora do embarque.
Na relação das doenças mais comuns em cruzeiros marítimos, o CBMEVI cita enfermidades como malária, febre amarela, influenza e doenças respiratórias. Para grande parte destas doenças, vacinas e simples hábitos saudáveis poderão afugentá-las, explicam as médicas Isabella Ballalai e Flávia Bravo.
Já o Ministério do Turismo preparou o manual ‘Viaje Legal’, que pode ser encontrado no site da pasta, com orientações de planejamento, como consultar regularidades das instituições turísticas, fiscalizar, reclamar em situações inusitadas como a desistência de uma viagem e dicas de saúde. O MTur desaconselha a ingestão de líquidos como sucos, gelo e água de origem duvidosa. Carnes mal passadas e de origem exóticas precisam ser evitadas.
Uma boa viagem vai depender de todo empenho, no intuito de minimizar imprevistos comuns ao ambiente do turismo. Todos os manuais são unânimes ao frisar a indispensável tarefa de anteceder-se, planejar, pesquisar, tirar dúvidas, buscar informações em site, órgãos governamentais, privados, agentes de viagens, amigos e parentes. Os próprios guias tornam-se excelentes ferramentas para aprender, compartilhar experiências e obter dicas para viagens mais eficientes.
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