Para um auditório lotado, formado em sua maioria por agentes de viagens e autoridades, o presidente da Abav, Carlos Alberto Amorim Ferreira, fez a abertura da 39º Congresso Brasileiro de Agências de Viagens e Feira das Américas – Abav 2011, com o tema “Brasil bem sucedido: oportunidades e novas atitudes para o turismo”, que começou nessa quarta-feira (19) e vai até sexta-feira (21), no RioCentro, Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio de Janeiro.
Mesmo animado com as perspectivas de negócios e de aumento do fluxo de turistas com a Copa do Mundo de 2014 e a Olimpíada de 2016, o presidente demonstrou em seu discurso preocupação com o andamento das obras e não poupou críticas ao que ele chamou de “jeitinho brasileiro”. Para ele, as autoridades precisam se preparar e pensar no Brasil do futuro, sem cometer os erros do passado. “O Brasil bem sucedido não pode dar espaço para improvisações. Obras sem planejamento resultam em gastos acima do esperado. Pagaremos caro para não termos soluções definitivas para necessidades que já se apresentam urgentes hoje”, disse, se referindo aos chamados “puxadinhos” dos aeroportos.
Ele também não deixou de dar sua opinião sobre as recentes denúncias de corrupção enfrentadas pelo Ministério do Turismo. “É lamentável que estejamos perdendo um tempo precioso num momento como este, envolvidos em uma crise ética que parece não ter fim, nublando nossos horizontes e dispersando esforços. Situações isoladas que colocaram sob suspeita entidades sérias, paralisando ações fundamentais para deixar o país pronto para 2014”, acrescentou.
Mesmo animado com as perspectivas de negócios e de aumento do fluxo de turistas com a Copa do Mundo de 2014 e a Olimpíada de 2016, o presidente demonstrou em seu discurso preocupação com o andamento das obras e não poupou críticas ao que ele chamou de “jeitinho brasileiro”. Para ele, as autoridades precisam se preparar e pensar no Brasil do futuro, sem cometer os erros do passado. “O Brasil bem sucedido não pode dar espaço para improvisações. Obras sem planejamento resultam em gastos acima do esperado. Pagaremos caro para não termos soluções definitivas para necessidades que já se apresentam urgentes hoje”, disse, se referindo aos chamados “puxadinhos” dos aeroportos.
Ele também não deixou de dar sua opinião sobre as recentes denúncias de corrupção enfrentadas pelo Ministério do Turismo. “É lamentável que estejamos perdendo um tempo precioso num momento como este, envolvidos em uma crise ética que parece não ter fim, nublando nossos horizontes e dispersando esforços. Situações isoladas que colocaram sob suspeita entidades sérias, paralisando ações fundamentais para deixar o país pronto para 2014”, acrescentou.
Oportunidade de ouro
O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, brincou com o presidente da Abav sobre sua maneira direta de cobrar das autoridades uma posição a respeito de uma política de turismo. De acordo com Paes, as provocações foram pertinentes já que o País hoje tem uma “oportunidade de ouro”. Ele lembrou que o Rio de Janeiro será sede do Rio+20, que reunirá 150 chefes de estado para falar sobre sustentabilidade em 2012; da Copa das Confederações em 2013; da Copa do Mundo em 2014; e da Olimpíada em 2016.
“Não tenho dúvida de que vamos receber muito bem nossos turistas. É aquela velha máxima do carioca: no final tudo sempre dá certo. O legado que vamos deixar para a sociedade será permanente. É bom frisar que as obras dos jogos Olímpicos estão dois anos adiantadas. Vamos entregar tudo em 2015”, disse o prefeito e completou: “Gostaria de pedir ao próximo presidente da Abav, seja ele de qualquer outro estado, que se sinta um carioca e que continue realizando esse evento no Rio. Ele terá todo apoio da Prefeitura”.
“Não vamos perder esse momento”, garante Gastão
Em sua primeira aparição pública em um grande evento desde que assumiu a pasta do Ministério do Turismo, Gastão Vieira foi sucinto ao falar sobre o turismo no Brasil. Segundo o ministro, parcerias estão sendo travadas com os ministérios do Meio Ambiente, das Relações Exteriores e da Cultura, assim como com a secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República para que o segmento se torne uma das bases da economia brasileira. Para o ministro, o turismo interno mostra o quanto o setor está aquecido.
“Disseram que eu estou falando pouco, mas estou ouvindo muito. O governo está cuidando bem da questão dos aeroportos, começando a executar um processo mais estratégico, tanto que estamos pensando além dos grandes eventos. Estamos pensando também no turista para atender bem suas expectativas”, comentou Gastão Vieira. “Como ministro e cidadão, tenho certeza que não vamos perder esse grande momento. Os desafios serão vencidos”, concluiu o ministro.
A ministra da secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, Maria do Rosário, também marcou presença no evento, onde foi assinado o Pacto Empresarial de Enfrentamento de Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes no Turismo.
Despedida
Após quatro anos à frente da Abav, Carlos Alberto Amorim Ferreira, aproveitou o momento para se despedir do cargo, já que está chegando em seu último ano de mandato. De forma direta, fez um balanço de sua gestão com as conquistas, mas também revelou algumas decepções.
“Estou frustrado por constatar que as relações comerciais já não são mais respeitadas, mas tenho consciência de que dediquei boa parte do meu mandato em ações que por muito tempo garantiram os direitos dos agentes de viagens. Saio de cabeça erguida, mas triste por me sentir impotente diante do poderio econômico das empresas aéreas que nos impuseram uma nova realidade de mercado”, atestou.
Entre os programas suas realizações à frente da Abav, Carlos Alberto citou o Proagência, projeto de capacitação em parceria com o Sebrae, com cursos presenciais realizados em diversas cidades brasileiras e Training Shows, além de deixar pronta a plataforma de ensino a distância. Ele ainda destacou o programa Benchmarking em Turismo, realizado em parceria com Ministério de Turismo e da Embratur, que levou centenas de empresários a conhecer estratégias de sucessos adotadas em diferentes destinos.
“Por tudo isso, me incluo na lista dos bem sucedidos. Eu e todos os agentes de viagens que souberam se adaptar aos novos tempos”, afirmou o dirigente.
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