domingo, 17 de março de 2013

Conexão mundial - um novo aeroporto internacional para Porto Alegre

Comitê Pró-Aeroporto Internacional 20 de Setembro foi criado em 14/3. Padre Marcelo Fernandes de Aquino é o presidente
Uma região que almeja competir com outros mercados, e se tornar referência, precisa contar com uma infraestrutura que colabore para que esse objetivo seja alcançado. E num mercado global, as relações não se restringem mais à terra natal. As empresas do Rio Grande do Sul têm relações consolidadas com companhias de outros países, que devem se estreitar cada vez mais. E como o meio de idas e vindas é o aeroporto, se torna necessária a ampliação de nossa capacidade aeroviária. Ainda mais que, em 2012, o Aeroporto Internacional Salgado Filho, de Porto Alegre, ficou em terceiro lugar no número de passageiros internacionais, perdendo apenas para o de Guarulhos, São Paulo (primeiro), e Galeão, Rio de Janeiro (segundo). E que a perspectiva para 2040 é de 18 milhões de pessoas saindo e chegando ao RS pelo ar.
Para não deixar que o estado desacelere o ritmo do seu desenvolvimento, na noite de 14/3 se reuniram, no Velopark de Nova Santa Rita, mais de 200 líderes políticos e empresariais, da região metropolitana e vales do Sinos e do Taquari, para a criação do Comitê Pró-Aeroporto Internacional 20 de Setembro, que deverá ser construído entre os municípios de Nova Santa Rita e Portão. A iniciativa já vinha sendo articulada há três anos por um grupo de voluntários, coordenado pelo presidente do Conselho de Acionistas do Grupo Sinos, Mario Gusmão, que, junto com o professor da Faculdade de Ciências Aeronáuticas da PUCRS, Elones Ribeiro, fez aos presentes uma apresentação sobre a importância da obra.

Reitor presidente


Na ocasião, também foi escolhido o presidente que vai encabeçar as ações do comitê. Por aclamação, o reitor da Unisinos, padre Marcelo Fernandes de Aquino, foi o nomeado. A universidade será, a partir de agora, o local das reuniões do grupo, que vai buscar investimentos para viabilizar a construção do aeroporto. “Não tenho ambição política e de holofotes. Meu coração ama o Rio Grande do Sul e vou dar o melhor de mim”, disse Aquino. O reitor destacou que a estrutura do estado passa pelo desenvolvimento da ciência, tecnologia e inovação, e que é preciso estar preparado para dar conta disso e de satisfazer os anseios da próxima geração, que será de “cidadãos globais”.

Por que ter um novo aeroporto?

O projeto do 20 de Setembro é de grandes proporções. O aeroporto, depois de concluído, será o segundo maior do Brasil, atrás apenas do de Brasília. O tamanho do terreno onde ele será construído foi declarado de utilidade pública pelas prefeituras de Nova Santa Rita e Portão e tem 25 quilômetros quadrados. Isso representa uma área seis vezes maior que a do Aeroporto Internacional Salgado Filho, de 3,8 quilômetros quadrados.
Os defensores da obra se baseiam em dados que comprovam a necessidade. Em 2030, por exemplo, o Bric (sigla para Brasil, Rússia, Índia e China, que se destacam como países em desenvolvimento) representará 55% da economia mundial. Hoje, os 25 aeroportos que têm maior aumento de movimento estão nas nações do grupo.

Confira outras referências:

- Em 2015, o Brasil deve ser a sexta economia do mundo;
- Se o Rio Grande do Sul fosse um país, com o PIB que teve em 2011 seria a 56ª economia mundial;
- O aeroporto terá, inicialmente, duas pistas de 3.200 e 2.700 metros, que serão separadas por 1.050 metros. Isso permite que sejam realizados, simultaneamente, pousos e decolagens;
- Os voos serão de rota polar, indo direto do Rio Grande do Sul para Nova Zelândia e Austrália, por exemplo;
- O aeroporto ficará a oito quilômetros do Tecnosinos.
Para que a obra se concretize, falta ainda a definição de onde virão os recursos (governo e/ou iniciativa privada).

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