ARTIGOS - "ABG - SC "Por que os funcionarios se demitem?", "Só pros ‘amantes das causas perdidas’".

ABG - SC "Por que os funcionarios se demitem?"

Ricardo Piovan - Palestrante e Coach Organizacional
http://twitter.com/ricardopiovan


Desde que comecei a ministrar treinamentos de liderança nas empresas, venho observando que a maioria das pessoas demitem-se de seus chefes e não da organização em que trabalham. Tal observação é validada pela pesquisa do Instituto Gallup que demonstra que 66% dos funcionários se demitem dos seu chefes e não da corporação que as contratou.
O fato é que muitos gestores desmotivam profundamente seus funcionários. Como disse Eugênio Mussak em um curso que participei: a motivação humana está ligada a dois fatores básicos - obter prazer e evitar sofrimento. Se um líder faz sua equipe sofrer com atitudes autoritárias e rudes, as pessoas se demitem para evitar o sofrimento – ou melhor, demitem o chefe TÓXICO de suas vidas. Mas quais atitudes do líder levam a essa reação tão drástica dos colaboradores? Recorro agora ao Livro de Ouro da Liderança de John Maxell, onde são apontados quatro fatores que levam as pessoas a desistirem de seus chefes:

1. As pessoas desistem de quem as desvaloriza


Há chefes que parecem incapazes de elogiar os colaboradores por um trabalho bem feito, negando-lhes o prazer de serem reconhecidos. Pergunto a você LÍDER: Você sente prazer quando o seu chefe lhe reconhece por um trabalho bem feito ? Não tenho dúvidas que sim. Portanto, acredite, o seu liderado também fica muito motivado com isto.


2. As pessoas desistem de quem não é confiável


Uma pesquisa realizada em empresas americanas indica que a confiança no ambiente trabalho está em declínio. O estudo destacou cinco comportamentos dos líderes que destroem a confiança dos liderados:


• Agir de modo incoerente com o que diz


• Obter vantagens pessoais


• Sonegar informações


• Mentir ou contar meias-verdades


• Ter mentalidade fechada


3. As pessoas desistem de quem é incompetente


Pode o colaborador ter respeito por um chefe incompetente, que se impõe pela força em vez do exemplo? Vejamos o que nos diz a “lei do respeito”, extraída do livro As 21 Irrefutáveis Leis da Liderança: “As pessoas seguem naturalmente os líderes que demonstram serem mais fortes que elas”. Um colaborador que, por exemplo, tem capacidade de liderança grau 7 não seguirá um líder que tem grau 4. Aprimore sua competência da liderança.


4. As pessoas desistem de quem é inseguro


É muito fácil identificar um líder inseguro. Basta verificar se ele está preparando alguém para sucedê-lo. Pessoas querem líderes que as estimulem a alçar vôos; anseiam por mentores que as auxiliem a desenvolver seu potencial.

Diante do que foi exposto neste artigo, nós, líderes, temos muito a refletir. Será que estamos fazendo nossos liderados sofrerem com nossas atitudes? Estamos realmente lhes proporcionando condições de trabalho? Ou será que nossos comportamentos os estão fazendo ir embora e levar consigo o conhecimento adquirido na empresa e os frutos do investimento em suas competências?

Sugiro que você peça à sua equipe um feedback sobre os quatro fatores que fazem as pessoas desistir de seus chefes. Descubra se você proporciona prazer ou sofrimento a aqueles que passam 8, 10 ou até 14 horas em sua companhia.


Disponibilizo também um teste sobre liderança do Pocket MBA Executivo e Gestor do século XXI.


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Até a próxima e convido a você a conhecer o treinamento:


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Só pros ‘amantes das causas perdidas’

Ana Echevenguá *


Pra alegrar esse domingo frio, cinzento e chuvoso, estou ouvindo Engenheiros do Hawai. Alguém conhece “Dom Quixote”, composta por Humberto Gessinger, em 2003? E que fez parte do disco ‘Dançando no Campo Minado’?
“Muito prazer me chamam de otário Por amor às causas perdidas. Tudo bem, até pode ser Que os dragões sejam moinhos de vento Tudo bem, seja o que for Seja por amor às causas perdidas.”
Ouvindo esta poesia, senti vontade de criar, no Orkut, a comunidade dos ‘amantes das causas perdidas’. Gente boa, que luta pelo meio ambiente ecologicamente equilibrado, que insiste em cumprir o que manda a Constituição Federal...
Alias, a nossa Constituição é uma causa ‘quase’ perdida. Por eleger a vida, até dos que estão por nascer, como garantia fundamental, e por garantir alguns direitos aos pobres mortais, vai ser dizimada. Ou melhor, ‘enxugada’! Leiam a PEC 341/2009, cuja movimentação pode ser acompanhada no website da Câmara dos Deputados1.
Buenas, enquanto a Copa do Mundo aliena, os ‘amantes das causas perdidas’ acompanham o desenrolar da invasão do Seu Eike-OSX em Santa Catarina. Parecem favas contadas! Em março de 2010, o Ministério Público Federal em Santa Catarina recomendou à FATMA -Fundação do Meio Ambiente - que saísse do processo de licenciamento; porque se trata de competência do IBAMA.
Até agora, a FATMA não largou a papelada!
O ICMBio - Instituto Chico Mendes – disse ‘não’ ao projeto, porque o estaleiro vai impactar negativamente 3 unidades de conservação ambiental localizadas na área de instalação.
Mas o DC marrom já publicou o aviso do Seu Eike-OSX: ele vai buscar socorro em Brasília! E na mesma matéria, ficamos sabendo que o atual governador de SC solicitou ao Ibama “que o licenciamento da OSX fique apenas com a Fatma” 2.
Por quê? Por que a FATMA é um órgão público de fachada, dirigido pelos indicados pelos governantes? Ou será que isso tem algo a ver com a doação oficial de 25 milhões do Seu Eike-OSX aos cofres de Santa Catarina? Pra fazer um jardim botânico em Floripa?
Com doação oficial ou não, os ‘amantes das causas perdidas’ conhecem a postura ilegal e/ou criminosa da FATMA. Há inúmeros processos contra este órgão, em especial por expedição de licenciamentos ambientais irregulares. Vários servidores são acusados de improbidade administrativa.
Segundo o Procurador da República Walmor Alves Moreira, a FATMA é uma “entidade doente”.
Ora, a FATMA é doente porque vivemos numa sociedade doente. Numa sociedade de foras-da-lei. Ou que permite que os eleitos mudem a lei, para facilitar a vida de uma minoria.
Por força desta alienação reinante, preferimos nos omitir diante da ilegalidade corriqueira.
Afinal, o que importa é a Copa do Mundo! E o enriquecimento do mercado chinês, com a exportação de vuvuzelas.


* Ana Echevenguá -  advogada ambientalista, coordenadora do programa Eco&Ação, presidente do Instituto Eco&Ação e da Academia Livre das Água, e-mail: ana@ecoeacao.com.br, website: www.ecoeacao.com.br.
Ana Echevenguá - ana@ecoeacao.com.br
Instituto Eco&Ação - http://www.ecoeacao.com.br/
(48) 91343713 - Florianópolis - SC.